quinta-feira, 5 de abril de 2012

guilty pleasures

Bem, parece-me relativamente fácil de adivinhar que restos jazem no prato. Já depois de devidamente estraçalhado e deglutido. Um pastel para Belém.

sábado, 17 de março de 2012

workshop

Só para divulgar.

Concursos #02

Já agora aqui ficam também os meus dois esforços.
O primeiro mais convencional, o segundo aquele em que eu depositava mais esperanças.
(os conceitos chave são participação, colaboração, votação e Lisboa)
Aqui são as versões para grande formato, sendo que nas versões para pequeno formato, desparecia o texto por extenso.


Concursos #01

Ponto número um: sou arquitecto e não sou designer;
Ponto número dois: não tenho a mania que percebo da poda dos outros;
Ponto número três: reconheço (apesar dos dois níveis de ilustração no CIEAM, com o João Catarino, Richard Câmara, Bernardo Carvalho e Daniel Lima) que não tenho formação específica na área do design gráfico;
Ponto número quatro: ainda assim abracei o desafio de concorrer a um concurso desta área.
Vamos lá com calma então. A Câmara Municipal de Lisboa, nomeadamente o Gabinete do Orçamento Participativo de Lisboa, lançou um concurso para criar a nova imagem do mesmo. O concurso tinha como data limite de participação o início de Fevereiro, um júri de peso e um prémio monetário de 1000€. Eu enviei duas propostas. Os resultados foram divulgados ontem.
Bom: a iniciativa, o incentivo à participação;
Mau: o facto de o vencedor ser votado com likes no facebook, o tempo de demora na divulgação dos resultados, a fraca qualidade dos 5 finalistas seleccionados (aqui não é dor de cotovelo, pura e simplesmente as propostas são fracas, e não quero dizer que as minhas é que são boas, acredito seguramente que havia entre as 260, melhores que estas), o facto de as propostas seleccionadas terem pouca relação quer com o conceito, quer com a cidade de Lisboa.






Cá vos deixo os 5 finalistas, na minha opinião a 5ª proposta é a menos má, embora a 2ª (que na minha opinião é a pior) seja que tem neste momento o maior número de likes. Don't like...
Isto está à votação no facebook, procurem por Concurso Orçamento Participativo.

sexta-feira, 16 de março de 2012

mercedes

Em tempos desenhei muitos carros. Aquelas idades em que somos exactamente aquilo que se espera de nós. Meninos, logo carros, motas, futebol, essas coisas. Bonecas é que não. Mas passou-me. Sinceramente não ligo muito a carros e pouco entendo dos mesmos. Tenho um recente que anda bem, gasta pouco e até ver, não tem um caso com a oficina...o que é bom! Pois isto para dizer que sentado dentro do meu, enquanto esperava para ali para o lado dos Anjos, desenhei um outro que ali estava estacionado.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Serviço Público #2

Um gajo(a) a partir de uma certa idade torna-se aburguesado. Não que nade em dinheiro, mas começa a estar disposto a desembolsar uma nota preta por uma boa refeição. É até capaz de pagar seis contos em moeda antiga e começar a achar normal. Mas não é. Fica aqui um resgisto de restaurantes em Lisboa e arredores onde eu acho que vale a pena ir comer, com uma pontuação completamente subjectiva (pessoal) tendo em conta a qualidade oferecida versus a conta apresentada.
Aceitam-se trocas de informação (de bom grado).

Restaurantes de Peixe (todos com peixe fresco):
Restaurante da Adraga (Praia da Adraga) - 9/10 (não é barato mas é maravilhoso)
O Mercado (Alcântara) - 9/10 (não é caro e a qualidade é muito boa)
A Pescaria (Cais do Sodré) - 8/10 (como é peixe fresco nunca fica muito barato)
Aqui há Peixe (Bairro Alto) - 7/10 (muito bom, mas o mais pretensioso dos quatro)

jardim lisboeta 2

maisoumenos no mesmo sítio do anterior...e no mesmo dia.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

jardim lisboeta

No paraíso dos bébés, dos cães, dos patinadores amadores, dos ciclistas piqueniquistas, dos bravos patos, no coração de Lisboa, com o Sol a dourar o cenário numa tarde de domingo. A estrela dos jardins lisboetas.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Publicidade Grátis (Coisas para Ouvir) #10

Há coisas que se descobrem um bocadinho depois de toda a gente já estar a falar delas, ao contrário das coisas que se descobrem um bocadinho antes de toda a gente começar a falar delas. Para as primeiras há que estar desatento, para as segundas há que fazer prospecção.
Ando agora a ouvir com atenção Metronomy, que lançaram no ano passado o excelente "The English Riviera", e esta amostra "Corinne" é talvez das mais viciantes e bem conseguidas do álbum.
Prémio para a melhor linha melódica em teclado de 2011.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

natureza morta

Natureza duplamente morta. Não é morta no sentido em que os frutos já foram colhidos da árvore, mas é duplamente morta porque os frutos são de plástico. E a terrina é de vidro.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

desabafos

Cass McCombs
Josh Rouse
St. Vincent
The Do
Hanni El Khatib
Fink
Beatbombers
Supernada
Norberto Lobo
Diego Armés
...

Porque é que eu trabalho às sextas-feiras?
Porque é que eu não vivo no Porto?

criatividade em patamares ainda mais elevados

E depois fizeram isto.

Verdadeiramente indiscritível.

criatividade em patamares muito elevados

Me desculpem se andava a dormir e não tinha ainda encontrado esta pérola. Os Ok Go são uma banda americana de Chicago agora sediada em Los Angeles. E independentemente da música, o seu universo estético parece-me muito especial (a comprovar por outros vídeos - ver o fabuloso vídeo das passadeiras rolantes). Para provar que não é preciso um orçamento milionário para fazer algo fabuloso.

Primeiro começar por aqui (vídeo multi-premiado que se tornou viral no Youtube).

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

outras longitudes

Hospital no Funchal. Ou será Funchal no Hospital? Neste momento não sei bem...De qualquer forma é um desenho feito da encosta oposta na zona dos Barreiros, Funchal.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

balanço do ano #04

5 Filmes que marcaram o meu ano:

O Discurso do Rei - Tom Hooper
A Árvore da Vida - Terrence Malick
Super 8 - J.J. Abrams
Assim é o Amor - Mike Mills
Meia-Noite em Paris - Woody Allen

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

o desenho que deu um cartão

Enquanto esperávamos lugar dentro, pus-me do outro lado da Rua de Entrecampos e desenhei a entrada do Café Ideal, enquanto o César e o João esperavam também sentados na esplanada.
Já sentado no interior o curioso Sr. Mário veio espreitar por cima do ombro. E um pouco lentamente lá nasceu o cartão do restaurante/bar. Sai uma cachupa e uma taça de tinto para a mesa do canto!

balanço do ano #03

5 Vinhos que marcaram o meu ano:

Kompassus Reserva 2006 Tinto - Dão
Muros de Melgaço Alvarinho 2009 Branco - Vinho Verde
Bodegas Salentein Malbec Reserva 2008 Tinto - Argentina (Valle de Uco, Mendoza)
Quinta do Crasto Touriga Nacional 2006 Tinto - Douro
Pinga Amores Reserva 2009 Tinto - Alentejo

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

balanço do ano #02

5 Cenas que marcaram o meu ano (não necessariamente pela positiva):

A manifestação de 15 de Março
O nascimento dos filhos dos meus amigos
Fazer-me sócio do Benfica
Ter votado no PSD (esta foi mesmo difícil)
Ser residente num país tutelado por uma entidade estrangeira

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

teorias da conspiração #2

Elas andam no ar outra vez. Mas que crise é esta? É real? É virtual? É construída? Porquê e por quem? Qual o papel do gigante americano de investimento Goldman Sachs, no meio da crise, entre outros?

Bem uma coisa eu sei. Tentativas de ingerência (umas muito efectivas, outras mais subtis) na vida real dos países através de interferência política, diplomática, militar, económica, entre outros, foram tentadas e conseguidas, sobretudo pelos Estados Unidos (e não só), e pelos menos mais bem documentadas na América do Sul (Chile, Argentina, Bolívia, anos 60/70/80). Ver "A Doutrina do Choque" de Naomi Klein, publicado em Portugal na editora SmartBook.

O que é chocante no meio disto, do ponto de vista humano, é a selvajaria especulativa desregulamentada, a forma como grupos de indivíduos ou corporações determinam sem pestanejar, o dia-a-dia, o sofrimento, a penúria de milhões e milhões.

Do ponto de vista real o que se está a passar é uma preponderância gritante de poderes não sufragados (instituições financeiras, agências de rating) na vida real dos países e seus cidadãos, com os governos a subjugarem-se e serem meros gestores de crise (esqueçam as diferenças ideológicas, como se pode verificar, neste contexto, elas não contam), eles próprios contaminados por aqueles que têm real interesse no desenrolar dos acontecimentos no sentido que estão a tomar.

Outro sinal preocupante, e que também se verifica já actualmente é o pensamento único. Não aparece ninguém com lucidez, que veja a big picture, que pense outside the box (desculpem-me os estrangeirismos). E tudo pode parecer muito suave e normal, mas acreditem que estamos a escrever uma das páginas mais inacreditáveis da história da humanidade, pela audácia descarada de quem a está a promover, e pela passividade e consequências de quem a está a sofrer.

Como diria o outro: algo está podre no reino (neste caso não é na Dinamarca).

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

balanço do ano #01

Um bocado fora de época, para não competir com os verdadeiros balanços, cá vai o balanço do meu ano da graça de 2011. Até para combater esta espécia de Alzheimer cultural que nos afecta a todos por sermos inundados de informação permanentemente. Um post-it virtual. Um exercício de memória sem pensar muito.

5 Álbuns que marcaram o meu ano:

PJ Harvey - Let England Shake
St. Vincent - Strange Mercy
Cass McCombs - Wit's End
Chad van Gaalen - Diaper's Island
The Dodos - No Color

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

a fuga do ponto de fuga

Na Avenida Estados Unidos da América. Como claramente se pode comprovar, existem dois pontos de fuga o que complica um pouco a leitura do desenho. Também conhecido como "A Paragem de Autocarro Atarracada". O autocarro acaba de passar em frente ao mítico Sarabanda.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

olha que três

Já há muitos anos em cena numa televisão perto de si. A particularidade foi que tentei e fiz com os planos em movimento, ou seja com o programa em curso, em directo, o que torna o desenho mais complicado. Mas como acaba por ter uns close-ups que ainda duram um par de minutos, lá deu para captar a expressão, em parte. No fundo um exercício em movimento.

Maçonaria

As pessoas andam com a boca cheia de maçonaria, passo a expressão. Mas afinal o que é, o que foi, o que pretende ser? Alguém tem uma ideia? Parece-me que não.
Toda a discussão que tem estado em curso na esfera pública deveria fazer arrepiar os cabelos de alguém que se considera um legítimo herdeiro da tradição maçónica. Se não faz, isso já diz muito do que é a maçonaria, hoje, e em Portugal.
Li algures que a maçonaria tem (tinha?) como objectivo “a construção do edifício humano” e isso é um programa muito específico no contexto de uma tradição iniciática. Não é para mais nada, supostamente. Já dizia o outro que não se podem servir dois amos. Portanto, se calhar, aquilo que se deveria perguntar, é: o que pretendia ser originalmente a maçonaria, em que contexto cultural surgiu e na continuidade de quê, como evoluiu e no que se tornou. Por aí talvez se percebesse alguma coisa.
Se Portugal foi realmente governado por um número significativo de membros da maçonaria, desde o 25 de Abril, acho que isso não é muito abonatório para a sua causa.

Desculpem lá teve que ser, andava-me a fazer comichão. Nem é para aumentar o número de pageviews.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

objectos domésticos

Crocs com Tapete, 2011
21x15 cm
Caneta de feltro sobre papel
Colecção particular

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A esquina de um prédio

Na rua de Entrecampos, sentado num café. É um desenho um bocado à arquiteto, pronto. Feito com canetas Tombow preta e cinza.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Apaixonado por uma música

Para quem tiver paciência de ouvir, ler, cá ficam os votos de um bom ano. Aliás eu acho que a música foi escrita para nós. Pela voz de Annie Erin Clark conhecida com St.Vincent.
Que tenham um Champagne Year!

“So I thought I'd learned my lesson
But I secretly expected
a choir at the shore
and confetti through the fall night air

I’ll make a living telling people what they want to hear
it's not a killing, but it's enough to keep the cobwebs clear

‘Cause it's not a perfect plan
It's not a perfect plan
But it's the one we've got
It's not a perfect plan
But it's the one we've got

‘Cause I make a living telling people what they want to hear
But I tell ya, it's gonna be a champagne year”

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O PC e o rato

Não, não é política. É o PC pequeno, o rato gigante e o padrão da toalha de mesa. Coisas assim, simples e necessárias. Sobre as quais não há muito a dizer.

Algures no Jardim do Campo Grande (16-11-2010)


Foi a estreia num bloco improvisado para o efeito, com o intuito de não deixar morrer o hábito de desenhar. E assumindo o compromisso de voltar a desenhar com alguma regularidade. O que outrora proporcionou horas intermináveis de diversão, fantasia e maravilhamento (desde criança), encontrava-se recalcado, corroído mela modorra da vidinha. Aqui se lançou uma iniciativa contra a monoactividade (entenda-se, ir vivendo entre a casa e o trabalho, com uns intervalos que nos dão pelo meio, para não nos deixar chegar ao ponto em que abandonaríamos tudo, porque raio, faz pouco sentido...).

Para que o elefante não morra acorrentado

Como uma forma possível de desacorrentamento (libertar dos grilhões), ponderei criar um registo paralelo de um outro blogue onde participo, com a disponibilização de um conjunto de desenhos meus, dentro de um enquadramento aproximado daquilo que é um diário gráfico (semanário gráfico se calhar é mais correcto). Aqui aparecerão enquadrados por um pequeno texto de contextualização, a pretexto de.
E assim se faz mais uma mutação do conteúdo deste blogue, outra vida, sem invalidar nada do que está para trás.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Publicidade Grátis (Coisas para Ouvir) #9

Injustos esquecimentos à lista de ontem.
Do melhorzinho que se faz para aí.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Publicidade Grátis (Coisas para Ouvir) #8




Ehehehe...um ano depois, num ritmo alucinante...eis que o escriba regressa
Com audiência até na Suiça, não podia deixar os seguidores sequiosos.

Cá vai mais uma safra de boa música uma mais recente outra já com mais tempo. 10 fresquinhos.

Uma espécie de Best Of do que vou ouvindo:

"Wild Go" - Dark Dark Dark

















"Halcyon Digest" - Deerhunter













"Wounded Rhymes" - Likke Li














"Smoke Ring for My Halo" - Kurt Vile















"No Color" - The Dodos














"Brothers" - The Black Keys













"Anna Calvi" - Anna Calvi














"Creep on Creepin' On" - Timber Timbre














"Helplessness Blues" - Fleet Foxes














"Bon Iver" - Bon Iver



sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A arte do garimpeiro #2

Sem ter a pretensão de ser o único divulgador, apenas desejo partilhar “descobertas” com aqueles a quem possam interessar.

Jesca Hoop

Americana de nascença, será filha de mormons e terá sido babysitter dos filhos de Tom Waits, mas será que isso quer dizer alguma coisa? Recentemente mudou-se para o outro lado do Atlântico, para a cinzenta Manchester. Guy Harvey dos Elbow é uma asa protectora e um conselheiro e colaborador de serviço.

Trata-se de um universo musical muito próprio e com múltiplas influências que não interessa muito elencar. Essa riqueza está presente na sua música.

Editou até agora um EP – Kismet – ainda nos Estados Unidos e agora (foi editado já no ano passado no Reino Unido) o álbum Hunting My Dress. Uma belíssima voz em músicas que se recusam a encaixar dentro de um formato ou género reconhecível.
A desfrutar.

A arte do garimpeiro #1

Eu também andei por lá, Ministars, Onda Choc, Europe, Modern Talking, Scorpions, Bon Jovi. Mas comecei a descobrir que aquilo que me ofereciam não seria bem o que mais agradava ao meu paladar musical. Use Your Illusion terá começado a desviar-me para o lado sombrio da força. Fora a rádio local, fora a RFM, fora o Top+ (ou os seus antecessores). Entram as cassetes emprestadas, as horas passadas a tentar gravar músicas da rádio sem anúncios, aquele irmão mais velho do amigo que tem uns Cd’s de umas bandas que ninguém conhece. As noites passadas a ouvir a Margem de Certa Maneira do Rui Vargas na Comercial já a entrar pela madrugada.

Depois Lisboa e as rádios até aí inacessíveis. A XFM. Nada por princípio contra o mainstream, mais o sentido de um gosto pessoal e de uma certa auto-suficiência na procura das referências musicais.

Hoje tudo isso está exponenciado, as fontes são virtualmente infinitas, existe sempre alguém capaz de te levar para outro patamar de exotismo, mas no fundo a busca que subsiste (sempre enquadrada dentro de um universo de gosto pessoal) é a de boa música, de ser surpreendido, de ser tocado pela sensibilidade de pessoas que cantam a tua vida também.

Por isso há que garimpar. Nem sempre o peneirar revela pepitas.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Publicidade Grátis (Coisas para Ouvir) #7

Ah pois é (longo bocejo) a inércia é uma coisa terrível. Mas cá vai mais um acrescento inútil à blogoesfera.
Aquilo que valeu a pena ter ouvido este ano (chegando-se mesmo a comprar as rodelas de plástico):

Local Natives - Gorilla Manor (Frenchkiss Records) Fevereiro 2010
Beach House - Teen Dream (Sub Pop) Janeiro 2010
Joanna Newsom - Have One on Me (Drag City) Fevereiro 2010

LCD Soundsystem - This Is Happening (DFA Records) Maio 2010

The National - High Violet (4AD) Maio 2010

Arcade Fire - The Suburbs (Merge Records) Agosto 2010

Grandes concertos de Beach House (Lux) e The National (Super Bock Super Rock). Desiludido com LCD Soundsystem no Optimus Alive. À espera de Arcade Fire em Novembro no Pavilhão Atlântico, junto à cimeira da NATO.

Até breve.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Publicidade Grátis (Coisas para Ouvir) #6

Pistas para um ano que acaba e um ano que começa.
Coordenadas: Londres, Canadá, Estados Unidos (com Brooklyn a fervilhar) e Portugal
(de várias fontes - sugiro consultar os respectivos sítios no Myspace)

The Maccabees
Say Hi
Chris Garneau
Timber Timbre (excelente surpresa)
Noah and the Whale
Lightning Dust
Novo Álbum de Metric
Noiserv
Hey Rosetta!
Malajube
Novo Álbum de Patrick Watson and The Wooden Arms
Speech Debelle
Miles Benjamin Anthony Robinson (já com dois discos - vai ser grande)
A salivar à espera de ter nas unhas o novo álbum de Beach House, que pelo concerto do Super Bock em Stock, promete muito.

E-Report #1


Reportagem do Elefante.

Depois de um período de longa inactividade, o Elefante andou a ponderar os prós e os contras de manter um blog vs. a absorvente vidinha do dia a dia. E chegou à conclusão que vale a pena o esforço, sobretudo de partilhar.

Assim aqui fica a primeira Reportagem do Elefante.

No passado fim de semana, mais propriamente no Sábado, realizou-se a final da 15ª Edição do Festival Termómetro (que já não é Unplugged, e já agora, já não é limitado apenas a bandas nacionais). Local: Sala das Colunas do Lx Factory, em Lisboa, nova meca da programação idependente e cool. Primeiro erro, na minha opinião. Eu sei que a final já se realizou em diferentes localizações entre Porto e Lisboa, mas as condições criadas naquele espaço, não eram as indicadas a quem queria ouvir música. Muita dispersão do som (péssima acústica) e muitas pessoas em ambiente de semi-festa para quem a música é apenas um pano de fundo para conversas necessariamente gritadas. Conclusão: atrás e ao lado da PA já pouco se ouvia definidamente (quero imaginar que à frente se ouvia). Outro problema que a organização terá que resolver são os tempo mortos entre as bandas. O Festival começou à 1:00 e terminou às 5:00 (actuação de 7 bandas, 4 músicas cada, incluíndo os vencedores do ano passado e os seis finalistas deste ano). Foi mais o tempo entre actuações, que o tempo das actuações propriamente ditas.

Posto isto passemos às bandas. Primeiro confessar que não conhecia nenhuma, não sou amigo de ninguém e que não tinha visto nenhuma eliminatória. Fui ouvir o Myspace de todas elas depois do festival para tentar perceber melhor aquilo que por vezes não tinha conseguido ouvir.

1ª Banda: Long Way To Alaska (Portugal). Parece-me um universo musical que está a dar os primeiros passos em termos de definção estética, o que confirma com as idades dos membros e o tempo de existência da banda. Música intimista e introspectiva com uma composição de elementos curiosa. Os mais prejudicados pelo mau som.
Ponto alto: "Sicilian Relation(ship)"

2ª Banda: Autumn Comets (Espanha). Nuestros Hermanos subiram logo o patamar um pouco. Como estavam num regime mais eléctrico o som já se percebia um pouco melhor. Pop-rock com uma componente bastante melódica. Mas pouco inovadora em termos creativos.
Ponto alto: versão de "Paper Planes" de M.I.A. (o que já diz um pouco sobre as suas músicas).

3ª Banda: The Hypers (Portugal). Rock n´Roll puro e duro, curto e grosso com o pé no acelarador e atitude em palco. Muita energia que conseguiu passar para o público. Uma voz característica. A coesão estética está lá, com apenas um ou outro desvio, como um tema a piscar os olhos a uns Joy Division, o que desconcertou talvez um pouco, dado aquilo que estava a ser apresentado até aí.
Ponto alto: "Close to Me"

4ª Banda: Black Taxis (Alemanha/EUA). A partir daqui ficou no ar que os possíveis vencedores poderiam estar encontrados. Animais de palco, com uma rodagem muito superior a todas as bandas anteriormente apresentadas. Rock clássico mas com uma componente melódica. Algures entre Iggy Pop and the Stooges e Franz Ferdinand, postos na misturadora e com um sabor diferente dado pela voz do vocalista. Acabaram por vencer, creio eu, muito em função da prestação demolidira em palco.
Ponto alto: "When We Where Ghosts"

5ª Banda: You Can´t Win Charlie Brown (Portugal). Os melhores dos portugueses. Som laborioso e pormenorizado que é mais difícil de transpor ao vivo, acabando por ser prejudicados pelo volume do som. Um universo sonoro menos imediato, mais exigente para o ouvinte, algures entre um Patrick Watson (talvez pelas semelhanças da bonita voz do vocalista) e o psicadelismo de uns Flaming Lips num estado mais apaziguado.
Ponto alto: "Melódica" (do Myspace deles)

6ª Banda: Hallo Kosmo (Bélgica). A Bélgica sempre foi fértil em projectos interessantes. Depois de analisado o respectivo Myspace, parece-me claro que são os que estão mais próximos do profissionalismo, com uma coesão estética que vai desde o imaginário visual ao imaginário sonoro. Aparentemente terão começado mais num electro-pop (ou mesmo pop) orelhudo e agora a caminho de um electro-clash mais orientado para a pista de dança.
Ponto alto: "Ain´t a Thing" (do Myspace deles)


Para fechar a noite três nomes do pop-rock cantado em português em palco: Samuel Úria, B Fachada e Manuel Cruz.
Os vencedores acabaram por ser os Black Taxis.

Au Revoir

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Publicidade Grátis (Coisas para Ouvir) #5

Para os sedentos de novidades, aqueles cujo i-pod é um carrossel sempre em busca da frescura mais fresca, aqui ficam mais umas dicas da colheita de 2009.
Comecemos pelo menos bom. Paul Banks, o vocalista dos Interpol lançou um álbum a solo onde se chama Julian Plenti. A crítica divide-se, uns acham bom outros acham mau. Totalmente mau nunca poderia ser, existe uma espécie de qualidade mínima garantida, dada pelo selo Interpol. A ouvir e tirar conclusões.
Deslocando o epicentro de Brooklyn para Inglaterra chegam-nos duas novidades. O disco (ainda se pode dizer disco?) Broken dos Soulsavers, é uma coisa feita com muito bom gosto e oscila entre temas a roçar a genialidade e outros a lamechice. Criadores mais ou menos anónimos convidam uma panóplia de colaboradores para dar cara e voz destacando-se entre as restantes, a voz cava de Mark Lanegan (em quantos projectos colabora este senhor?).

E finalmente os The xx, sangue novo em mais um exercício de reciclagem musical em que o bolo resultante é muito mais que a soma dos ingredientes. Estruturas e dinâmicas simples, mas uma simplicidade que é difícil de conseguir, feita mais de depuramento do que é supérfluo. Brilhante.



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Publicidade Grátis (Coisas para Ver) #2

Sala esgotada para a estreia no Monumental. No ar o cheiro a suor dos cinéfilos mais expectantes. Uma versão alternativa da Segunda Guerra Mundial. Situações e personagens memoráveis. Uma história impecavelmente contada, montada e dirigida. Não é um filme de profundidade, de reflexão, é uma comédia negra. 5 estrelas cá do je. Os mais sisudos poderão não concordar. Vão ver.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Balanço Musical da Década

Pois é, sem sabermos bem como estamos a chegar ao final da primeira década do terceiro milénio (depois de Cristo) - 2000 a 2010. Para quem tem mais ou menos a minha idade, o ano 2000 era um ano remoto onde se teria "x" idade. Confesso que para mim 2010 já é do domínio da ficção científica. O número começa a ficar abstracto, podia ser 4327 ou 359, era igual. Singular a percepção do tempo não é? Bem mas voltando ao assunto, começam os primeiros balanços a ser feitos. O site norte-americano sobre música (não só indie) Pitchfork lançou o P2K - as melhores 500 músicas da década de 2000 (deveria ser a década de 00?). É uma iniciativa muito interessante, com uma escolha, para um site que é tido como um referência sobretudo da música independente e alternativa, muito eclética. Está organizado como um Top e as escolhas são da responsabilidade da equipa residente. Tem um mini-player para quase todas as músicas, em associação com uma loja on-line, mas não se consegue ouvir todas as músicas (aliás não se consegue ouvir a maior parte), apenas as mais exóticas. Mas se associarem um site de streaming, por exemplo, o Grooveshark, é só ir procurando uma a uma e disfrutar.

Aqui fica o link para quem estiver interessado. Boas audições.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Teorias da Conspiração


Há teorias da conspiração para todos os gostos. Pessoalmente não sou muito fã do género. Mas sempre houve uma que me inquietou. Chamemos-lhe assim a teoria da conspiração. Será possível que um determinado grupo de pessoas, famílias ou grupos de interesses comuns sem um poder necessariamente formal, mas mais na sombra, conspire para manter um determinado status quo, do modo de vida ocidental, que assenta na economia de mercado, no consumo, numa fraca participação cívica, numa fraca exigência e escrutínio sobre a gestão política das suas vidas. Assim uma cena tirada do filme Nixon de Oliver Stone, quando a determinada altura existe uma suposta reunião de figuras não identificadas num rancho do Texas.
Em 1967 foi publicado um livro denominado o Relatório da Montanha de Ferro (The Report From Iron Mountain, no original), da autoria do jornalista do New York Times, Leonard Lewin, supostamente através da colaboração com uma pessoa que havia integrado o grupo de trabalho que produziu esse relatório.
O grupo, um painel formado por 15 elementos, teria sido formado em 1963, para analisar quais seriam as consequências de os Estados Unidos da América entrarem num período de paz contínua. A edição de 20 de Novembro de 1967 do U.S. News and World Report, clamava ter fontes que comprovavam a veracidade do relatório, e que o presidente Lyndon Johnson teria ficado furioso e ordenado a supressão total do mesmo.
Para a história ficou a entrada no Guinness Book of World Records, do livro como a mais bem sucedida fraude literária. Verdade ou mentira? Alguns acreditam, outros não.
Aqui um pequeno excerto do debate retirado da Wikipédia:

“(…) In the March 19 1972 edition of the New York Times Book Review, Lewin took credit for writing the book.
Consistent with the belief that the book is the result of a hoax, the idea for the Report came from Victor Navasky. In 1966, Navasky, then editor of the satiric Monocle magazine, read an article in the New York Times about a stock market downturn due to a "peace scare". This gave him an idea for a report that would get people thinking about a peacetime economy and the futility of the arms race. With these aims in mind, Lewin wrote the book.
Some who state that the book is authentic cite statements made by Harvard professor John Kenneth Galbraith in support of their claims.
On November 26, 1976, the report was reviewed in the book section of the Washington Post by Herschel McLandress, which was the pen name for Harvard professor John Kenneth Galbraith. Galbraith said that he knew firsthand of the report's authenticity because he had been invited to participate in it. Although he was unable to be part of the official group, he was consulted from time to time and had been asked to keep the project a secret. Furthermore, while he doubted the wisdom of letting the public know about the report, he agreed totally with its conclusions.(…)”


Alguns excertos do texto do livro, ou demasiado perspicaz como exercício de estilo, ou demasiado preocupante como possibilidade real (as referências de páginas são respeitantes a uma edição brasileira da editora Laudes), não esquecendo o contexto da Guerra Fria:

"A possibilidade da guerra fornece o senso de necessidade externa, sem o qual nenhum governo pode permanecer longamente no poder... A organização de uma sociedade para a possibilidade da guerra é seu principal estabilizador político" (p. 69).
"Em geral, o sistema de guerra dá a motivação básica para a organização social primária. Desta forma, ele reflete no nível social os incentivos do comportamento individual humano. O mais importante deles, para propósitos sociais, é o argumento psicológico individual para submissão a uma sociedade e a seus valores. A submissão requer uma causa; uma causa requer um inimigo" (p. 73).

"Um substitutivo viável para a guerra como sistema social não pode ser uma mera charada simbólica. Ele deve envolver um risco real de destruição pessoal real, numa escala compatível com a envergadura e a complexidade dos modernos sistemas sociais. Credibilidade é a chave... a menos que forneça uma ameaça crível de vida e morte, não satisfará a função socialmente organizadora da guerra. A existência de uma ameaça externa aceite é, assim, essencial à coesão social, bem como à aceitação da autoridade política" (p. 76).

"A guerra é a principal força motivadora do desenvolvimento da ciência, em qualquer nível, desde o abstratamente conceitual ao estritamente tecnológico... Todas as descobertas importantes sobre o mundo natural foram inspiradas por necessidades militares, reais ou imaginárias, de suas épocas... Começando com o desenvolvimento do ferro e do aço, passando pelas descobertas das leis do movimento e da termodinâmica, à era da partícula atômica, do polímero sintético, e da cápsula espacial, nenhum progresso científico importante deixou de ser, pelo menos indiretamente, iniciado com uma exigência implícita de armamento" (p. 82).

"O projeto espacial mais ambicioso e fora da realidade não pode, por si só, gerar uma ameaça externa crível. Argumenta-se, fervorosamente, que uma tal ameaça poderia se constituir na última e melhor esperança de paz, unindo a humanidade contra o perigo de destruição por criaturas de outros planetas, ou do espaço sideral. Foram propostas experiências para testar a credibilidade de uma ameaça de invasão extraterrena; é possível que alguns dos mais inexplicáveis incidentes com discos voadores, nos últimos anos, sejam de fato experiências primárias desse tipo" (p. 95).

"Um substitutivo político efetivo da guerra exigiria inimigos substitutivos... Pode ser, por exemplo, que a brutal poluição do meio-ambiente possa eventualmente substituir a possibilidade de destruição em massa, através de armas nucleares, como a principal ameaça aparente à sobrevivência das espécies" (p. 96)

"Um substitutivo de qualidade e magnitude críveis, deve ser encontrado, se uma transição para a paz é possível sem desintegração social. É mais provável, a nosso ver, que uma ameça tenha de ser inventada ao invés de ser criada a partir de condições desconhecidas" (p. 96, 97).

"É inteiramente possível que o desenvolvimento de uma forma sofisticada de escravidão possa ser um pré-requisito absoluto para o controle social, num mundo de paz" (p. 99).

Pode-se ainda ir mais longe, há teorias para tudo, decida quem quiser.

Tiro o chapéu a...#1

Albert Cossery (1913-2008)

Porque há elefantes que perceberam a natureza da sua situação, da corrente, daqueles e daquilo que os acorrenta.

" (...) Escrevo para afirmar a minha presença nesta terra. Fui feliz na infância porque já então era leitor de grandes autores. A eles devo o que sou. Se um determinado livro não tiver sobre o leitor tal impacto que no dia seguinte ele deixe de ir ao emprego, esse livro não vale nada (...)"
De Conversas com Albert Cossery, publicado na Antígona.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Futebolando #2

Na sequência do post anterior e para fechar o tema por esta semana, cá vai o rescaldo do arranque do campeonato, ainda com um jogo por realizar.

Embora não seja surpreendente, o empate do Sporting não deixa de ser um resulatdo anormal. Sobretudo na 2ª parte o Sporting conseguiu ir para cima do Nacional e a vitória não andou tão longe assim. Os rapazes bem precisam da motivação. Vamos ver durante a semana com a Fiorentina.

Não vi o jogo do Porto, mas afirmo desde já que perder pontos como aconteceu nesta jornada, não vai acontecer muitas vezes e os adversários e candidatos ao título não podem desbaratar muitas ocasiões destas.

O jogo do Benfica. Claro que os adeptos estavam entusiasmados e havia razões para isso, mas a realidade é sempre imprevisível. Acho que o principal problema é que no campeonato português as equipas e treinadores assumem papéis muito estáticos ano após ano, e talvez por isso a nossa liga não seja motivo de excitação no que ao espetáculo de futebol diz respeito. São os crónicos candidatos ao título, os que lutam pelos lugares europeus e os que lutam pela manutenção. Uma equipa como o Marítimo (e outras virão), não se quer trasncender, assumir uma postura ousada e tentar controlar o jogo. Assume o papel de equipa inferior, deixa o Benfica assumir o papel de equipa superior e o jogo decorre de acordo com esses pressupostos. Claro que quis agarrar a vitória, já que pouco fez para tentar marcar. O Benfica sentia a pressão da boa pré-época e da galvanização dos adeptos - há que marcar a qualquer custo. E Jorge Jesus alinhou no que podia ter sido uma estratégia suicidária. Houve mais querer do que poder.
Se a bola tivesse entrado...Se. Mas não entrou. Jogo fraco de Cardozo. Árbitro bem enganado por Saviola.

Na próxima jornada se tudo correr bem, o Porto irá ganhar e o Sporting e Benfica vão sentir novas dificuldades. A ver vamos.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Futebolando #1

Bem, cá está, quando se pensava que seria só erudição e cultura, no melhor pano cai a nódoa. A bola vai começar a rolar no próximo fim-de-semana. Esse maravilhoso paliativo para a vida mundana. Quem nunca acordou de manhã, sem verdadeiramente acordar, e pensou "Oh Senhor dai-me um motivo para eu me levantar desta cama..." e de repente no cérebro surge a revelação "Hoje joga o Benfica com não sei quem". E pronto, é o melhor que se arranja para aquele dia.

Bom, primeiro, abrir o jogo. Sou do Benfica. O que é isso? Quando está a dar um jogo, e está a jogar o Benfica, eu sou pelo Benfica. Pertenço a um grupo, uma família, uma comunidade temporariamente. Não sou sócio, raramente vou ao estádio e não perco o sono, nem a boa disposição quando o Benfica perde ou empata. Por isso já estão a ver que este não é um forúm para fundamentalismos.

Já houve a pré-época, já foram as contratações, já se fizeram até alguns jogos a sério.

Os três grandes: O Sporting. Não vi muitos jogos do Sporting, mas vi o suficiente para achar que só com um grande golpe (tipo eliminação da Fiorentina) é que aquilo lá vai. Falta ar renovado. Por vezes a estabilidade é uma vantagem, mas neste caso penso que é uma desvantagem. Poucas contratações. Mesmo treinador, mesmos jogadores um ano ou dois mais velhos, mesmo presidente (eu sei que não é, mas pelo efeito que trouxe - a continuidade - é como se fosse). Parte em 3º lugar.

O Porto. Bem o Porto é sempre o Porto, ou seja tem um modelo de gestão muito consolidado, em que toda a gente está mais ou menos enquadrada (técnicos, jogadores, etc.) à partida. Faz sempre muitas contratações, embora se fale sempre mais das do Benfica (imagino que seja o clube com mais jogadores sob contrato, já agora, interessante artigo no i sobre este assunto - a influência do Porto em pelo menos dois clubes da actual Liga Sagres). Perdeu peças importantes, sobretudo Lucho, na minha opinião. Parte com poucos indiscutíveis para o início do campeonato. Acho que vai demorar um pouquinho a afinar, assim como aconteceu o ano passado, e é nesse período que o Benfica pode ganhar vantagem. Parte em 1º lugar, porque é campeão há 4 anos consecutivos.

O Benfica. Bem sei que todos os anos se cria expectativa, tipo este ano é que é, olhos de adepto são sempre pouco objectivos. Mas parece-me que este ano não há desculpas. O investimento nas duas últimas épocas sem um retorno desportivo e consecutivamente financeiro é insustentável. Muitas contratações, como é costume. Mas há material de base, há banco e há soluções de rotatividade. Se Jorge Jesus conseguir passar o sabor da pré-época (que não se pode dizer que não tenha sido positiva) e prolongar a motivação entre os jogadores, temos campeonato. Mas as dificuldades virão, e será a forma como a equipa souber reagir a essas adversidades que ditará o sucesso no final da época. Parte em 2º lugar.

Já sei que falar de futebol é meio caminho andado para a discórdia, mas aqui discute-se a bola sadiamente. Que role a bola.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Música para o Verão

Se estás triste, por ser Agosto, e toda a tua família está no Algarve a stressar nas filas para a praia, o supermercado e o restaurante, se tens o cérebro a cozer com o calor que se faz sentir, se sentes que o Verão ainda não arrancou verdadeiramente, vai aqui e descontrai um bocado.
Os YACTH acabam de lançar um álbum na DFA (LCD Soundsystem), chamado See Mistery Lights, e este Psychic City é o aperitivo.
Enjoy

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Ideias Peregrinas... #1

Muita gente clama falar com Deus, ou com Jesus. Será que eles têm um call-center na Índia?

Publicidade Grátis (Coisas para Ler) #2


Primeiro me confesso. Sou leitor assíduo do Público há já alguns anos. Não tenho nada a apontar particularmente ao jornal, que considero uma referência de qualidade no panorama editorial português. Entretanto, temos mais um jornal diário. O i. Assim, sem mais nada. O jornal pertence ao Grupo Lena, mas todos os jornais são propriedade de grupos empresariais, com tudo o que isso tem de bom e de mau. E confesso que tenho gostado. A favor tem o formato, que é muito conveniente e wind-friendly, o que no verão, é particularemente importante. Depois a qualidade gráfica também é de assinalar. Como jornal, é um jornal que se lê mais rápido do que por exemplo, o Público. É mais ligeiro. Gosto do estilo de escrita de alguns artigos, em que não se levam as coisas demasiado a sério, com alguma ironia. Bom também algumas ligações de temas e ângulos inesperados, muitas vezes, não necessariamente vinculados á actualidade do dia a dia.

Concluindo, uma boa notícia para quem gosta de ler jornais. Era mau que um jornal deste tipo não se aguentasse, espero sinceramente que perdure.