quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

teorias da conspiração #2

Elas andam no ar outra vez. Mas que crise é esta? É real? É virtual? É construída? Porquê e por quem? Qual o papel do gigante americano de investimento Goldman Sachs, no meio da crise, entre outros?

Bem uma coisa eu sei. Tentativas de ingerência (umas muito efectivas, outras mais subtis) na vida real dos países através de interferência política, diplomática, militar, económica, entre outros, foram tentadas e conseguidas, sobretudo pelos Estados Unidos (e não só), e pelos menos mais bem documentadas na América do Sul (Chile, Argentina, Bolívia, anos 60/70/80). Ver "A Doutrina do Choque" de Naomi Klein, publicado em Portugal na editora SmartBook.

O que é chocante no meio disto, do ponto de vista humano, é a selvajaria especulativa desregulamentada, a forma como grupos de indivíduos ou corporações determinam sem pestanejar, o dia-a-dia, o sofrimento, a penúria de milhões e milhões.

Do ponto de vista real o que se está a passar é uma preponderância gritante de poderes não sufragados (instituições financeiras, agências de rating) na vida real dos países e seus cidadãos, com os governos a subjugarem-se e serem meros gestores de crise (esqueçam as diferenças ideológicas, como se pode verificar, neste contexto, elas não contam), eles próprios contaminados por aqueles que têm real interesse no desenrolar dos acontecimentos no sentido que estão a tomar.

Outro sinal preocupante, e que também se verifica já actualmente é o pensamento único. Não aparece ninguém com lucidez, que veja a big picture, que pense outside the box (desculpem-me os estrangeirismos). E tudo pode parecer muito suave e normal, mas acreditem que estamos a escrever uma das páginas mais inacreditáveis da história da humanidade, pela audácia descarada de quem a está a promover, e pela passividade e consequências de quem a está a sofrer.

Como diria o outro: algo está podre no reino (neste caso não é na Dinamarca).

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