domingo, 7 de fevereiro de 2010

Publicidade Grátis (Coisas para Ouvir) #6

Pistas para um ano que acaba e um ano que começa.
Coordenadas: Londres, Canadá, Estados Unidos (com Brooklyn a fervilhar) e Portugal
(de várias fontes - sugiro consultar os respectivos sítios no Myspace)

The Maccabees
Say Hi
Chris Garneau
Timber Timbre (excelente surpresa)
Noah and the Whale
Lightning Dust
Novo Álbum de Metric
Noiserv
Hey Rosetta!
Malajube
Novo Álbum de Patrick Watson and The Wooden Arms
Speech Debelle
Miles Benjamin Anthony Robinson (já com dois discos - vai ser grande)
A salivar à espera de ter nas unhas o novo álbum de Beach House, que pelo concerto do Super Bock em Stock, promete muito.

E-Report #1


Reportagem do Elefante.

Depois de um período de longa inactividade, o Elefante andou a ponderar os prós e os contras de manter um blog vs. a absorvente vidinha do dia a dia. E chegou à conclusão que vale a pena o esforço, sobretudo de partilhar.

Assim aqui fica a primeira Reportagem do Elefante.

No passado fim de semana, mais propriamente no Sábado, realizou-se a final da 15ª Edição do Festival Termómetro (que já não é Unplugged, e já agora, já não é limitado apenas a bandas nacionais). Local: Sala das Colunas do Lx Factory, em Lisboa, nova meca da programação idependente e cool. Primeiro erro, na minha opinião. Eu sei que a final já se realizou em diferentes localizações entre Porto e Lisboa, mas as condições criadas naquele espaço, não eram as indicadas a quem queria ouvir música. Muita dispersão do som (péssima acústica) e muitas pessoas em ambiente de semi-festa para quem a música é apenas um pano de fundo para conversas necessariamente gritadas. Conclusão: atrás e ao lado da PA já pouco se ouvia definidamente (quero imaginar que à frente se ouvia). Outro problema que a organização terá que resolver são os tempo mortos entre as bandas. O Festival começou à 1:00 e terminou às 5:00 (actuação de 7 bandas, 4 músicas cada, incluíndo os vencedores do ano passado e os seis finalistas deste ano). Foi mais o tempo entre actuações, que o tempo das actuações propriamente ditas.

Posto isto passemos às bandas. Primeiro confessar que não conhecia nenhuma, não sou amigo de ninguém e que não tinha visto nenhuma eliminatória. Fui ouvir o Myspace de todas elas depois do festival para tentar perceber melhor aquilo que por vezes não tinha conseguido ouvir.

1ª Banda: Long Way To Alaska (Portugal). Parece-me um universo musical que está a dar os primeiros passos em termos de definção estética, o que confirma com as idades dos membros e o tempo de existência da banda. Música intimista e introspectiva com uma composição de elementos curiosa. Os mais prejudicados pelo mau som.
Ponto alto: "Sicilian Relation(ship)"

2ª Banda: Autumn Comets (Espanha). Nuestros Hermanos subiram logo o patamar um pouco. Como estavam num regime mais eléctrico o som já se percebia um pouco melhor. Pop-rock com uma componente bastante melódica. Mas pouco inovadora em termos creativos.
Ponto alto: versão de "Paper Planes" de M.I.A. (o que já diz um pouco sobre as suas músicas).

3ª Banda: The Hypers (Portugal). Rock n´Roll puro e duro, curto e grosso com o pé no acelarador e atitude em palco. Muita energia que conseguiu passar para o público. Uma voz característica. A coesão estética está lá, com apenas um ou outro desvio, como um tema a piscar os olhos a uns Joy Division, o que desconcertou talvez um pouco, dado aquilo que estava a ser apresentado até aí.
Ponto alto: "Close to Me"

4ª Banda: Black Taxis (Alemanha/EUA). A partir daqui ficou no ar que os possíveis vencedores poderiam estar encontrados. Animais de palco, com uma rodagem muito superior a todas as bandas anteriormente apresentadas. Rock clássico mas com uma componente melódica. Algures entre Iggy Pop and the Stooges e Franz Ferdinand, postos na misturadora e com um sabor diferente dado pela voz do vocalista. Acabaram por vencer, creio eu, muito em função da prestação demolidira em palco.
Ponto alto: "When We Where Ghosts"

5ª Banda: You Can´t Win Charlie Brown (Portugal). Os melhores dos portugueses. Som laborioso e pormenorizado que é mais difícil de transpor ao vivo, acabando por ser prejudicados pelo volume do som. Um universo sonoro menos imediato, mais exigente para o ouvinte, algures entre um Patrick Watson (talvez pelas semelhanças da bonita voz do vocalista) e o psicadelismo de uns Flaming Lips num estado mais apaziguado.
Ponto alto: "Melódica" (do Myspace deles)

6ª Banda: Hallo Kosmo (Bélgica). A Bélgica sempre foi fértil em projectos interessantes. Depois de analisado o respectivo Myspace, parece-me claro que são os que estão mais próximos do profissionalismo, com uma coesão estética que vai desde o imaginário visual ao imaginário sonoro. Aparentemente terão começado mais num electro-pop (ou mesmo pop) orelhudo e agora a caminho de um electro-clash mais orientado para a pista de dança.
Ponto alto: "Ain´t a Thing" (do Myspace deles)


Para fechar a noite três nomes do pop-rock cantado em português em palco: Samuel Úria, B Fachada e Manuel Cruz.
Os vencedores acabaram por ser os Black Taxis.

Au Revoir